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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Faturamento cresce com a redução da informalidade


Cuca Jorge

Rose de Moraes
As indústrias de produtos de limpeza superaram mais uma vez as expectativas de desempenho setorial e devem fechar o ano de 2009 com faturamento de R$ 12 bilhões. Sob o aspecto das finanças, registraram 7% de crescimento em relação a 2008, quando o setor movimentou R$ 11,4 bilhões. Em volume de produtos comercializados, alcançaram 8% de crescimento, avanço considerado muito positivo perante a crise econômica mundial e por se tratar de setor extremamente sensível à renda da população, mas também em pleno ciclo de expansão.

De acordo com estudos realizados pelo instituto internacional de pesquisas Euromonitor, as vendas mundiais de produtos de limpeza deverão alcançar patamar de mais de US$ 138 bilhões em 2013. Tal montante oferece ao setor a perspectiva de poder contar com crescimento contínuo do mercado mundial, na casa dos 10% anuais, nos próximos anos.

“Em 2010, o nosso setor deverá continuar crescendo acima do Produto Interno Bruto (PIB), tal qual ocorreu nos últimos cinco anos, e a crise econômica de 2009 acabou produzindo efeito muito positivo, pois o consumidor ficou mais em casa e passou a utilizar mais produtos de limpeza”, comentou a diretora-executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins (Abipla), Maria Eugenia Proença Saldanha. 

Segundo pesquisas divulgadas pela entidade, boa parte dos lares brasileiros já utiliza detergentes em pó para a lavagem de roupas. Mais recentemente, o consumidor brasileiro também passou a contar com inovações, como a oferta de detergentes líquidos. A categoria de produtos para a lavagem de roupas, na qual também se incluem amaciantes e itens para pré-lavagem, detém a liderança do setor do ponto de vista do faturamento, correspondendo à maior fatia, de 40%. 

“Os produtos para cuidados com as roupas têm mantido ritmo de crescimento contínuo nos últimos anos e devem continuar em crescimento em 2010, pois o mercado interno ainda tem muito a crescer”, afirmou a diretora da Abipla. Os amaciantes também têm contado com maiores vendas nos últimos anos graças à diversidade de fragrâncias oferecidas ao consumidor.

No segmento de sabões em barra, o sebo, matéria-prima para a sua fabricação, já havia alcançado alta de 50% no consumo em 2008, em virtude de sua utilização em biocombustíveis. A demanda relativa a 2009, porém, ainda está prestes a ser divulgada pela Abipla.

No segmento de águas sanitárias, os aumentos em volume em 2008 chegaram a 3,7%. Somados ao desempenho dos dois anos anteriores, o crescimento em volume foi de 9,4%, percentual atribuído ao fato de o produto ser utilizado cada vez mais para desinfecção dos lares.

Já os detergentes líquidos para lavagem de louças, de acordo com os últimos dados divulgados pela Abipla, alcançaram 1,4% de crescimento em 2008, somando, porém, 6,2% de crescimento, se forem consideradas também as vendas de 2007 e 2006. Em detergentes líquidos, é importante observar que a categoria vem conquistando maior espaço no mercado ao competir com os sabões em barra, sendo alvo de inovações permanentes, oferecendo, por exemplo, ao consumidor novas fragrâncias, que têm servido de estímulo às vendas.

Outra categoria que vem mantendo altas taxas de crescimento é a de purificadores de ar. Em volume, o crescimento registrado nesse segmento foi de 9,3% em 2008, mas, no acumulado, entre os anos de 2006 até 2008, esses produtos alcançaram excepcional desempenho, com 15,5% de crescimento.

Os limpadores multiuso constituem outra categoria que vem apresentando crescimento significativo a cada ano, respondendo por 8,9 % de aumento em volume e 14,8% de aumento em faturamento, no período de 2006 até 2008.

Segundo observadores do setor, os inseticidas constituem produtos cujo consumo tem apresentado crescimento praticamente em todas as faixas de renda da população, principalmente perante a ocorrência de surtos de doenças transmissíveis por insetos, como a dengue, entre outras, das quais o país ainda tenta se livrar.

As exportações do setor em 2009, segundo a Abipla, deverão ser 12,6% inferiores às de 2008, em razão da crise internacional. Entre os produtos brasileiros mais exportados, os destaques em 2009 deverão ficar por conta dos itens para limpeza de roupas (US$ 48,3 milhões), dos sabões em barra (US$ 28,07 milhões) e dos panos de limpeza (US$ 24,6 milhões).

Para a diretora-executiva da Abipla, uma das maiores preocupações do setor atualmente reside na falta de regulamentação de grande contingente de empresas. De acordo com o último levantamento realizado pela entidade, a informalidade abrangeu principalmente seis categorias de produtos: águas sanitárias, detergentes líquidos, desinfetantes, produtos de limpeza multiuso, amaciantes e detergentes em pó.
“Líderes entre os produtos clandestinos, somente a água sanitária atinge índice de 42% de informalidade, enquanto os desinfetantes, 30%, seguidos pelos amaciantes, 15%, e os detergentes líquidos, 7,7%, não havendo como atestar a eficácia desses produtos”, comentou Maria Eugenia. De acordo com a diretora-executiva da Abipla, isso tem prejudicado o país não só sob o ponto de vista econômico, mas também por violar preceitos fundamentais de saúde pública, colocando em risco a saúde da população que adquire produtos sem qualquer controle da vigilância sanitária e de outros órgãos de saúde pública.

O preocupante cenário de informalidade vem motivando uma série de ações de conscientização e de combate por parte da Abipla e do Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos de Limpeza (o Sipla), sendo a mais recente
Cuca Jorge

Maria Eugenia: clandestinos põem em risco a saúde pública
a representada pela parceria entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), para instituir programa de mobilização para a regularização de empresas do setor de saneantes. A ideia, segundo a diretora, é mostrar a importância da adequação das empresas à legislação, introduzir boas práticas de fabricação nas empresas e contribuir para o aumento da competitividade e da lucratividade, garantindo a concorrência leal no mercado.

Gtex compra Sacarlat


A Gtex, empresa de produtos de higiene e limpeza, controlada pela Actis, fundo global de private equity com atuação em mercados emergentes, adquiriu a Scarlat Industrial, de Suzano (SP), detentora das marcas Baby Soft, Scarlim, CleanMax, Dipol e Sky Soft, entre outras. A transação envolveu passivos e a participação minoritária dos acionistas da Scarlat na Gtex. Com a aquisição, o Grupo Gtex salta da 12ª para a 6ª posição no ranking brasileiro das empresas de higiene e limpeza, com faturamento de R$ 500 milhões, assumindo também a liderança nacional em amaciantes,em volume de produção. 
Fonte:http://www.freedom.inf.br/

sábado, 14 de maio de 2011

ÉTERES DE GLICÓIS EM PRODUTOS DE LIMPEZA



Os produtos para limpeza doméstica vêm utilizando solventes cada vez melhores e
menos agressivos em relação ao ser humano e ao meio ambiente
Por Lyondell Químicos do Brasil

A intenção deste artigo é mostrar como agem e quais os benefícios dos éteres de propilenoglicol (ARCOSOLV®) e de etilenoglicol (E-Series), ambos produzidos pela Lyondell Chemical Corporation, na indústria de produtos de limpeza.
Um bom limpador tem de possuir ingredientes que propiciem uma boa umectação e penetração na sujeira, retire-a da superfície a ser limpa e mantenha este material, a sujeira, em suspensão para que ela possa ser retirada ou lavada da superfície. Quando falamos de limpadores domésticos eles também têm que remover sujeiras insolúveis em água, óleos e graxas, principalmente na ausência de surfactantes.

Abordaremos questões como comportamento da tensão superficial das soluções de limpeza na presença dos éteres de glicóis, o aumento de performance na suspensão de partículas de sujeira, na solubilidade de
 eletrólitos e a biodegradabilidade desta família de produtos. Todos
estes fatores alteram as características finais dos produtos de limpeza, sobretudo sobre os multi-limpadores domésticos.

Tensão superficial
 - Os éteres de glicóis têm como característica reduzir a tensão superficial das soluções limpadores em associação com surfactantes ou não. A redução da tensão superficial 
aumenta a umectação da sujeira e do substrato. Este aumento de umectação ajuda a penetração da solução limpante na sujeira e retirando-a do substrato.

A tabela a seguir mostra a magnitude da redução da tensão superficial da água com vários éteres de glicóis.
Performance de suspensão - Em limpadores, os éteres de glicóis conseguem misturar sujeira doméstica de caráter orgânico como óleos e graxas, com água, duas substâncias naturalmente imiscíveis. Os éteres de glicóis em associação com um surfactante mantêm a sujeira em suspensão na solução de limpeza sem que ocorra a sua redeposição no substrato.
Os gráficos a seguir demonstram a habilidade de misturar dos éteres de glicóis com três tipos de sujeiras:doméstica, hidrocarbonetos aromáticos e hidrocarbonetos alifáticos.
Solubilidade de eletrólitos - Formulações de limpadores usualmente empregam uma grande variedade de eletrólitos. Estes eletrólitos agem sinergeticamente na eficiência de limpeza, diminuindo a dureza da água, aumentando sua alcalinidade e prevenindo a redeposição da sujeira. Portanto aumentar a solubilidade destes eletrólitos aumentará também a efetividade destes limpadores.>>


>> Os dados seguintes representam a solubilidade de uma série de eletrólitos comumente utilizados em soluções a 5% de éteres de glicóis.

Biodegradabilida dos ésteres de glicóis
 - Como regra geral os éteres de glicóis são biodegradáveis. A biodegradação dos éteres de glicóis ou de qualquer químico pode ser determinada por vários processos inclusive medindo-se o consumo de oxigênio dissolvido na água pelos microorganismos que utilizam- se de matéria orgânica (incluindo-se produtos químicos) como alimento. Este método é chamado de Demanda Biológica de Oxigênio (DBO). O teste consiste em incubar o produto químico que se deseja analisar em frasco com os microorganismos por um período de tempo específico durante o qual o produto químico é biodegradado, ou consumido, pelos microorganismos inoculados. A taxa de biodegradação é avaliada indiretamente se medindo a redução do oxigênio dissolvido no meio de incubação. Historicamente, a quantidade de oxigênio consumido em um período de 5 dias em uma amostra conhecida é utilizada como padrão para comparação da degradação de qualquer produto químico. Mais recentemente, períodos mais longos na ordem de 20 dias ou mais, são utilizados para se avaliar a propensão do químico a se biodegradar. Fatores que podem influenciar a redução do oxigênio em um teste de DBO incluem: a fonte e quantidade do microorganismo inoculado que freqüentemente consiste em uma parcela de lodo de uma planta de tratamento de águas; temperatura de incubação; dose do químico em teste no meio de incubação; a estrutura molecular do químico em teste, entre outros fatores menos freqüentes. Particularmente, o tipo de inoculo pode influenciar o resultado do teste de DBO, já que o tipo de micróbios presentes no lodo de tratamento pode variar fortemente de uma planta de tratamento para outra.
Diferentes micróbios podem ter diferentes capacidades de utilizar o produto químico em teste como alimento. Comumente, o inoculo do lodo pode ser “acostumado”, ou aclimatado ao produto químico em teste simplesmente colocando o microorganismo em contato com o produto químico por períodos prolongados.
Isto permite ao microorganismo se adapte e “aprenda” como consumir o produto químico a ser testado.
Um produto químico que permita ao inóculo que consuma 60% do oxigênio presente durante um período de 28 dias é classificado como facilmente biodegradável. >>>


>>>
 Mesmo em casos que biodegradabilidade não é demonstrada, testes mais aprofundados, com alto teor de inoculação, podem demonstrar que o produto tem habilidade pra biodegradar e pode ser considerado biodegradável.
Assim, para se evitar qualquer discrepância, o potencial de biodegradação relativa dos éteres de glicóis foi avaliado ao mesmo tempo, no mesmo laboratório, usando procedimentos idênticos.
A Figura abaixo mostra o gráfico de barras com os valores de DBO de nosso teste.
Estes dados demonstram a biodegradabilidade dos éteres de glicóis. Apenas dois éteres de glicóis não alcançaram o nível de 60% depois de 28 dias de incubação que foram os éteres de glicóis terciários (PTB e DPTB). A razão para isto é que a configuração terciária é geralmente mais difícil de ser quebrada pelos microorganismos. Não é surpresa então que PTB e DPTB são também mais difíceis de serem digeridos pelos microorganismos e levem mais tempo para serem quebrados.
Na realidade, após 35 dias de estudo, o oxigênio dissolvido consumido pelo inóculo foi de 60% para O PTB e 51% para o DPTB. Então, até este tipo de cadeia terciária dos éteres de glicóis são biodegradáveis porém a uma taxa mais lenta

Exemplos de limpadores com ARCOSOLV

Fonte: http://www.freedom.inf.br/default.asp

quinta-feira, 12 de maio de 2011

COMO O SABÃO LIMPA?

Como já vimos a estrutura da molécula do sabão, sabemos que suas características são polares e apolares simultaneamente. A limpeza nada mais é que um processo de dissolução onde um solvente diluirá o soluto que no caso será a sujidade. A água é o solvente mais comum, é ela quem dissolve e arrasta a sujidade. Outro fator importante é a redução da tensão superficial da água. Tensão superficial é a ligação das moléculas, onde uma se liga a outra uma as outras o que dá resistência a superfície da água. Como exemplo disso podemos observar os insetos andando sobre a água e não afundam isso só é possível pela tensão superficial. Essa resistência atrapalha no processo de limpeza, impedindo que a água não penetre na sujidade e a dilua.  

Veja o vídeo sobre tensão superficial a baixo.















Esta imagem ilustra a interação da molécula do sabão com a água e com óleo.
Observando o Vídeo vamos aplicar isso na limpeza. O sabão ao cair na água interage com a água e a outra parte da molécula, interagir com a sujidade apolar. Suponhamos que seja óleo ou gordura. Várias moléculas irão fazer o mesmo, interagindo com a água e com a sujeira, formando o que chamamos de micelas. Ao mesmo tempo que há forças de interação com a água, as partes da molécula, que são semelhantes ( polar) ao se aproximarem umas das outras formando micélas, irão, se repelir,  devido a suas cargas semelhantes. Isto é muito citado popularmente que seria: os opostos se atraem e os idênticos se repelem. Esta força que repele fará com que a molécula emusione a sujidade que em linguagem comum é tornar a gordura solúvel em água. 

Observe nesta ilustração onde a sujidade vai se emulsionando ou se dissolvendo na água. E vão se repelindo, formando partículas cada vez menores até ocorrer a dissolução total do óleo.

História do Sabão e suas origens.

A existência do sabão é mais antiga do que se imagina. As primeiras evidências de um material parecido com o sabão, registradas na história, foram encontradas em cilindros de barro (datados de aproximadamente 2.800 A.C.), durante escavações da antiga Babilônia. As inscrições revelam que os habitantes ferviam gordura juntamente com cinzas, mas não mencionam para que o "sabão" era usado. tais materiais foram mais tarde utilizados como pomada ou para pentear os cabelos. O uso farmacêutico do sabão encontra-se descrito no ébers papyrus (datado de aproximadamente 1.500 A.C.). Este tratado médico descreve a combinação de óleos animal e vegetal com sais alcalinos para formar um material semelhante ao sabão, usado para tratar de doenças da pele bem como para o banho. Mais ou menos na mesmo época, Moisés entregou aos israelitas leis detalhadas sobre cuidados de limpeza pessoal. Ele também relacionou a limpeza com a saúde. Relatos bíblicos sugerem que os israelitas sabiam que a mistura de cinzas e óleo produzia uma espécie de pomada o próprio Deus ensinou-os métodos de limpeza que hoje ainda usamos e que foi nomeado de sabão. De acordo com uma antiga lenda romana o nome "sabão" tem sua origem no Monte Sapo, onde se realizavam sacrifício de animais. A chuva levava uma mistura de sebo animal derretido com cinzas para o barro das margens do Rio Tibre. As mulheres descobriram que usando esta mistura de barro suas roupas ficavam muito mais limpas com muito menos esforço.
Os antigos povos germânicos e gauleses também são reconhecidos como sendo descobridores de uma substância chamada sabão, feita de sebo e de cinzas. Eles usavam este material para tingir seus cabelos de vermelho.
Com a evolução da civilização romana, evoluiu também o conceito de banho. A primeira das famosas termas de Roma - com água vinda de seus aquedutos - foi construída ao redor de 312 A.C. As termas se tornaram símbolos de luxo e, muitas vezes, da decadências dos costumes. Já no século 2 D.C., o médico Galem recomendava sabão tanto para fins medicinais como para o banho. Após a queda do império Romano e do declínio dos hábitos de banho, a Europa sentiu o impacto da sujeira sobre a saúde pública. Esta falta de asseio pessoal aliada às condições de vida insalúbres, contribuíram sobre maneira para as grandes epidemias da Idade Média e, em especial, para a Peste Negra do século 14.
A fabricação do sabão era uma atividade estabelecida na Europa no início da Idade Média. As associações dos fabricantes de sabão guardavam seus segredos industriais a sete chaves. Óleos de origem vegetal e animal eram usados com cinzas de plantas e também fragrâncias. Gradativamente, uma maior variedade de sabão foi se tornando disponível para barbear e lavar a cabeça, bem como para o banho e lavagem de roupa.  A Itália, a Espanha e a França estão sempre entre os primeiros centros de fabricação do sabão. Mais tarde esta indústria também se desenvolveu na Inglaterra. Em 1.622 o Rei James I concedeu, por $100,000 ao ano, o monopólio a um fabricante de sabão.  Mais tarde, o sabão sofreu uma pesada carga tributária sendo taxado como ítem de luxo.
A grande revolução, no processo de fabricação não só do sabão, mas dos processos de limpeza em geral, foi a produção da barrilha. O químico francês, Nicolas Leblanc, deu o primeiro grande passo rumo á fabricação comercial de sabão em larga escala. Seu processo (patenteado em 1.791) utilizava sal comum (Cloreto de sódio ) para produzir barrilha (carbonato de sódio), o elemento ativo encontrado nas cinzas, que se junta à gordura para fazer o sabão. Com este processo eram geradas quantidades de soda de boa qualidade a um baixo custo.
Em meados de 1.800, o químico belga, Ernest Solvay, inventou o processo da amônia, onde também o sal comum era utilizado para fazer a soda. O processo da Solvay reduziu ainda mais o custo da soda e aumentou tanto a qualidade quanto a quantidade de soda disponível para a fabricação de sabão.
Desde 1.945 quando a MAZZONI apresentou o seu processo patenteado de secagem por atomização sob-vácuo, já são milhares de  fábricas em diversos países que se utilizam da tecnologia para a produção de sabão.

Como se forma o sabão ?



Molécula do Sabão
A saponificação é a hidrólise das gorduras (ésteres do glicerol e de ácidos gordos), com hidróxido de sódio ou de potássio para formar glicerol e sais alcalinos de ácidos gordos (sabão). Detalhando em linguagem popular seria: Uma mistura de óleos com soda cáustica ou potássia cáustica que  forma sabão e glicerina. A reação do sabão é: RCOOR' + OH- ® RCOO- +R'OH, onde R e R' são radicais. Sendo assim a base do sabão é: óleo e soda cáustica. Sabemos que o óleo não mistura em água, devido a sua característica apolar. De acordo com as Regras de Solubilidade, uma substância polar tende a dissolver em um solvente polar, e uma substância apolar também em solvente apolar. Ou seja, semelhante dissolve semelhante. Por este motivo podemos observar que os óleos se misturaram fácilmente com outros óleos ou em qualquer outro composto que também seja apolar. Já a água é apolar e substâncias como a soda se dissolveram nela facilmente ou qualquer outra substância polar.  Quando se adiciona soda cáustica nos ácidos graxos a característica de suas moléculas, passam a ter uma dupla personalidade elas passam a ser polar e apolar ao mesmo tempo, interagindo com polar e apolar, com água e óleo simultaneamente. 

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A rotina de um departamento de desenvolvimento de produtos




Autor: Ricardo Pedro
Especialista de Pesquisa e Desenvolvimento, que, a partir desse ano, desenvolverá artigos técnicos e cursos em cosméticos e saneantes para a revista H&C

O título é uma provocação ao leitor, pois se tem algo com o qual o departamento de desenvolvimento não lida é a rotina. E isso é exatamente o desafio maior dos profissionais que trabalham nesta área, uma vez que estão sujeitos ao desenvolvimento de produtos que atendam a velocidade das mudanças do mercado, sejam moda, modismos, tendências ou megatendências. Dizemos desafio porque para cada fórmula desenvolvida, subentende-se a realização de diversos testes (de eficácia, segurança e estabilidade) muitas vezes mais demorados e onerosos que o próprio desenvolvimento da formulação e, obviamente, mais morosos que as mudanças de mercado.
Desenvolver não é somente criar ou adaptar uma fórmula, uma embalagem, um conceito, é algo maior que tudo isso. E falar sobre desenvolvimento de uma forma simples para auxiliar o entendimento dos profissionais iniciantes nesta interessante área é o nosso objetivo nesta série de artigos. Para muitos leitores, nossa abordagem não será novidade, mas poderá ser ao menos encarada como uma reciclagem. Nesta série de artigos, serão abordados os diversos estágios do desenvolvimento de um produto, sua importância, suas etapas, dificuldades e atividades específicas.
O presente artigo é, então, o primeiro de uma série extensa. E, por isso, nada mais óbvio que seja o mais abrangente possível e mostre ao leitor os temas que serão abordados posteriormente.


O desenvolvimento de produtos

No estágio inicial do desenvolvimento de um produto, o profissional visa criar uma nova fórmula que atenda aos requisitos de marketing, que por sua vez, atenderão às necessidades ou expectativas do consumidor, este último podendo ser uma pessoa física ou mesmo uma empresa. Nesta série de artigos, consideraremos o consumidor como uma pessoa física.
As diferentes atividades desempenhadas pelo profissional de desenvolvimento de produto são todas muito relacionadas às atividades do departamento de marketing. Estes dois departamentos devem trabalhar em perfeita sintonia e sincronia.
“Marketing é a área de conhecimento que estuda os processos de troca; troca de produtos e serviços associados por satisfação dos clientes, objetivando como resultado o lucro” (Philip Kotler).

Toda empresa se insere em um grande ambiente de negócios composto por um microambiente e um macroambiente. O microambiente pode ser influenciado ou controlado em favor da empresa, porém o macroambiente por ser mais amplo é de caráter incontrolável e envolve os ambientes econômico, legislativo, político, cultural, tecnológico, governamental e social. As mudanças no macroambiente influenciam muito os negócios da empresa, que minimiza seus impactos atuando nas variáveis controláveis em seu ambiente, ou seja, na área de produção, finanças, comercial, recursos humanos e de marketing por meio de atuação nos 4P’s (mix de marketing).
Os 4P’s são cruciais para obtenção e manutenção de clientes e, portanto, manutenção dos negócios e resultados financeiros da empresa. É um conjunto de decisões básicas sobre o que se vai ofertar para um público que se quer atender dentro de um determinado ambiente. Uma das variáveis controláveis é o P de Produto. As decisões de produto envolvem como a empresa visa satisfazer as necessidades de mercado. A empresa satisfaz e cria um vínculo com o cliente por meio de um produto, dentre outras coisas.
Produto ou serviço é aquilo que a organização oferece a um mercado para a satisfação de um desejo ou necessidade. Simplificadamente, o produto é o que a empresa troca com o cliente. É um bem material (tangível) ou imaterial (intangível) oferecido a um mercado, visando à satisfação de um desejo ou necessidade. Conhecem-se os seguintes tipos de produtos:

• tangíveis (bens materiais), que podem ser duráveis (por exemplo, automóveis, vestuário, máquinas industriais) ou não-duráveis (por exemplo, cerveja, xampus, alimentos);
• intangíveis (bens imateriais), que podem ser serviços (por exemplo, salão de cabeleireiro, manutenção de equipamentos industriais), pessoas (por exemplo, um atleta, um político), locais (por exemplo, Rio de Janeiro, Fortaleza), organizações (por exemplo, Unicef, igrejas) ou, finalmente, idéias (por exemplo, planejamento familiar, vacinação).


Além disso, um produto pode ser classificado como de consumo (por exemplo, xampu) ou industrial (por exemplo, máquinas para uma fábrica).
O produto deve ter características que o personalizem e estabeleçam uma individualidade, cabendo aos departamentos de desenvolvimento e de marketing decidir sobre suas características. Tais decisões envolvem definições quanto a marca, nome, logo, embalagens, cor, sabor, odor, funcionalidade, serviços, design, tamanho, rotulagem, qualidade, entre outras.
Nas decisões de produto, o desenvolvimento e gestão de marcas são cruciais, pois as marcas e suas identidades criam vínculos com seu público-alvo, mas estas não serão abordadas nesta série de artigos.
Um produto, então, deve ser rigorosamente planejado. O planejamento do produto é algo mais complexo que o desenvolvimento do mesmo. Nesta etapa é importante analisar o macroambiente, estabelecer critérios para segmentação do mercado, mensurar o potencial dos segmentos, identificar as oportunidades para produtos/serviços, estabelecer alternativas de ação e, finalmente, desenvolver o produto.
O planejamento de produto visa definir o papel dos produtos e marcas dentro de cada segmento de mercado e avaliar a necessidade de desenvolvimento/lançamento de novos produtos e marcas.
Avaliar o produto dentro do segmento para o qual foi ou será criado permite tomar decisões mais acertadas quanto à definição de suas características, pois é muito mais fácil atender às necessidades de um segmento de mercado do que a do mercado como um todo.
O desenvolvimento de novos produtos envolve uma série de atividades multidisciplinares que não é função apenas de uma única área, mas de várias, como foco no consumidor. Incluem, entre outras, atividades relacionadas à análise do mercado, geração e seleção de idéias, desenvolvimento e teste do conceito, produção-teste, definição de estratégias de posicionamento com o mix de marketing adequado e após seu teste junto ao mercado, decide-se sobre o lançamento do produto e como isso será feito.
Os produtos novos podem ser classificados em inovadores, novas linhas, extensões de linha, aperfeiçoamento, reposicionamento e redução de custos. Em cada caso, as atividades de desenvolvimento serão distintas. Para desenvolver um novo produto é necessário ter alinhamento com as estratégias corporativas e de marca, foco no cliente, sendo crucial os testes com o consumidor, valer-se de pesquisas já realizadas, criar equipes multidisciplinares e observar a concorrência e outros mercados.
A aceitação de um novo produto cosmético envolve atitudes do consumidor que passam por estágios como consciência, interesse, avaliação, experimentação e adoção. Provocar as atitudes positivas do consumidor em cada um destes estágios é tarefa de Marketing. Por exemplo, o interesse do consumidor pode ser gerado por uma promoção, uma propaganda, a avaliação por uma distribuição de amostra grátis e a adoção por uma oferta justa de preço ou, melhor dizendo, custo-benefício.
Sabendo-se disso, estratégias devem ser definidas para atuação em cada um dos estágios de aceitação do novo produto de modo a maximizar o seu impacto.
Estes estágios normalmente constituem uma situação de decisão e estresse para os consumidores e, por isso, qualquer requisito que simplifique e facilite este processo é de crucial importância. Os consumidores se cansam ao comparar as numerosas ofertas, produtos ou serviços que muitas vezes têm pouca diferenciação. A marca é um instrumento que simplifica este processo tedioso para o cliente.
O profissional do departamento de desenvolvimento, após entender quais são as necessidades e expectativas dos consumidores e/ou oportunidades oferecidas pelo mercado, passa então a concretizar seu atendimento na forma de um produto e/ou serviço associado. Na Cosmetologia a maioria dos produtos são formulações que contêm inúmeros componentes compatibilizados para "ofertarem" um efeito, seja de limpeza, manutenção, higienização, tratamento e/ou embelezamento.
Em geral, como os produtos cosméticos são usados em longos períodos, o formulador deverá garantir sua estabilidade ao longo do período de uso. A estabilidade de produtos cosméticos será um tema específico abordado nesta série de artigos.
Avaliações grosseiras destes protótipos iniciais poderão ser efetuadas, para garantir que estes não apresentem logo de início sinais de instabilidade. Para tanto, se prepara uma série de amostras semelhantes, mantendo uma ou duas a 45°C a 50°C. Isto permite obter informações preliminares sobre um grande número de formulações. Problemas grosseiros com estas primeiras amostras, como separação de fases óleo/água, mudanças drásticas na cor, odor ou formação de precipitados podem ocorrer muito rápido, da noite para o dia. Idealmente, o formulador deverá ser capaz de identificar os problemas logo no início e selecionar formulações que apresentem dificuldades menores. À medida que o processo de otimização da fórmula continua, amostras adicionais devem ser testadas por períodos de tempo prolongados para avaliar profundamente os efeitos do envelhecimento sobre o produto. Baseado nestas informações de dados de estabilidade, o formulador poderá aprimorar a fórmula de modo a minimizar ou eliminar os problemas observados.
Estes painéis de estabilidade são úteis para determinar a direção a seguir no desenvolvimento da formulação e revelar problemas primários de estabilidade. Uma vez estabelecidos os protótipos finais, deve ser realizado um estudo completo para avaliar o maior número possível de problemas potenciais e confirmar a compatibilidade das matérias-primas. Isto deve ser efetuado com suficiente número de amostras, em cada condição de armazenamento, para fornecer dados consistentes.
Além disso, estudos mais aprofundados são apropriados para revelar as mudanças relativamente pequenas ocorridas nas características organolépticas de um produto (especialmente com relação à cor e à fragrância), responsáveis por impacto significante na percepção do consumidor. Apesar de alguma variação ser aceitável - virtualmente não se espera que um produto permaneça 100% inalterado por longos períodos de tempo - tais mudanças não devem ser perceptíveis pelo consumidor.
Alguns produtos têm maior tendência para desenvolver problemas de formulação que outros. Por exemplo, produtos baseados em emulsões são por natureza menos estáveis que aqueles em solução.

Fatores importantes no desenvolvimento do produto
O desenvolvimento de um produto demanda muito tempo para sua conclusão e na prática muitas vezes acaba se tornando um processo contínuo, enquadrando-se nas premissas básicas do sistema de qualidade de uma empresa, ou seja, faz parte das exigências de melhoria contínua impostas pelo mercado.
O desenvolvimento deve prever tudo que se passará com o produto, desde aspectos físico-químicos, microbiológicos e de desempenho até aspectos mercadológicos, como por exemplo a necessidade de aprovação de fornecedores, matérias-primas, formulações e processos alternativos, visando assegurar o posicionamento do produto, segundo sua qualidade e competitividade em períodos de crise econômica, sazonalidade e indisponibilidade de matérias-primas, modernização de equipamentos e mudanças de hábitos do consumidor, entre outros.
Os principais tópicos relacionados ao desenvolvimento de um produto são apresentados a seguir.

Matérias-primas
Em alguma etapa do desenvolvimento do produto será possível chegar à conclusão de que o mesmo é estável. No entanto, poderão ser exigidos testes adicionais para qualificar fornecedores alternativos de matérias-primas, para o caso de necessidades eventuais. Infelizmente, apesar das matérias-primas de diferentes fornecedores terem a mesma designação, por exemplo, como a nomenclatura do CTFA (Cosmetic, Toiletry and Fragrance Association), elas poderão não ser quimicamente iguais, pois a sua fonte de suprimento de insumos químicos e as condições de fabricação e processamento variam entre os fornecedores. Por este motivo, uma matéria-prima do fornecedor “B” não poderá ser inserida automaticamente em um produto desenvolvido com matéria-prima do fornecedor “A”. O impacto de mudanças nas matérias-primas que, à primeira vista pareçam mesmo inconseqüentes, devem ser determinados por testes de estabilidade.
Testes de desempenho
Idealmente, os testes de desempenho devem ser simples para obtenção de respostas rápidas às diferenciações de fórmulas e realizados imediatamente antes dos testes de estabilidade. Podem ser adotados métodos padrão (como por exemplo, testes de espuma em xampus) ou ainda avaliações sensoriais com painéis de pessoas da empresa, público consumidor alvo ou profissionais de beleza.
Variáveis de fabricação
Existem mudanças não químicas que podem também alterar a estabilidade do produto. Uma modificação no processo de fabricação pode causar complicações que resultam em um produto menos estável. Mudanças no processo às vezes são necessárias, afinal, trabalhar em um béquer de 1 litro é diferente de trabalhar num tanque de produção de vários litros.
Alterações na ordem de adição das matérias-primas poderão ser necessárias para reduzir o tempo de processamento, mudanças nas velocidades de aquecimento e resfriamento podem ocorrer devido a diferenças na transferência de calor em lotes maiores e condições diferentes de mistura podem alterar o nível de cisalhamento que o produto sofre.
Qualquer destas mudanças poderá causar problemas de estabilidade não evidentes em lotes produzidos em escala menor. A única forma de sentir no produto final o verdadeiro impacto de mudanças do processo de fabricação é avaliar amostras preparadas nas condições reais de produção, sendo, portanto, muito útil realizar testes de estabilidade e desempenho com produtos fabricados em escala industrial.

Considerações de embalagem
Mesmo quando a formulação e os processos de fabricação são mantidos constantes, variações no material de embalagem podem causar problemas. Nem todas as embalagens seguem o mesmo processo de criação, por exemplo, vidro e plástico se comportam diferentemente, e diferentes tipos de plásticos têm diferentes comportamentos quanto a propriedades como permeabilidade ao oxigênio, fixação da cor e resistência térmica, entre outras.
Certamente, uma nova combinação de fórmula e embalagem deve ser testada quando há mudança em um dos componentes da fórmula, fornecedor e processo de fabricação.

Ensaios de estabilidade
Em primeiro lugar, é importante saber o motivo da realização dos testes: a preocupação é apenas com a aparência do produto ou pretende-se determinar se as características específicas de desempenho mudam com o tempo? O objetivo do estudo influenciará o número de amostras necessárias e como serão acondicionadas. Controles e condições apropriados deverão ser escolhidos caso se deseje resultados significantes para os testes. Isto poderá necessitar, por exemplo, um estudo paralelo de amostras sem essência ou sem corante para avaliar a interferência destas variáveis. Normalmente, deve-se acondicionar uma amostra em frascos de vidro e outra na embalagem final do produto, para determinar se as mudanças observadas são resultado da interação entre fórmula e embalagem.
Os testes são efetuados com um protótipo de desenvolvimento ou com a fórmula final? Se por exemplo, a cor e a fragrância finais não foram ainda desenvolvidas pode-se testar a base da formulação. É claro que o sistema final deverá ser testado, mas com os resultados de avaliações preliminares o formulador terá mais tempo para atuar frente a eventuais problemas.
Cada empresa pode estabelecer seus próprios procedimentos de análise com relação ao número de amostras a analisar e quanto às condições que irá submetê-las. Normalmente, estes procedimentos estipulam o armazenamento em condições de temperaturas muito baixas a elevadas, de congelamento ou descongelamento e exposição a vários tipos de luz. A estocagem em temperaturas elevadas é crítica, já que a intensidade e a velocidade das reações químicas de decomposição praticamente se duplicam a cada dez graus de elevação da temperatura. Isto permite que se verifique algum problema mais rapidamente que na temperatura ambiente. Há a desvantagem potencial, que em temperaturas elevadas é possível que se esteja induzindo a ocorrência de reações que normalmente não ocorrem em temperaturas mais baixas. As condições de estocagem mais comuns usadas na avaliação da estabilidade de cosméticos são 50°C, 45°C, 37°C ou 35°C, temperatura ambiente, 25°C, 8°C a 4°C, congelamento ou descongelamento, e exposição à luz fluorescente e solar.
A maioria dos protocolos de testes de estabilidade pede avaliações de amostras em intervalos fixos. Datas típicas de controle são 1, 3, 6, 9, 12 e 24 meses. A cada data de controle são registradas as propriedades críticas. Isto consiste de uma bateria de testes que são tipicamente aplicados para avaliar a estabilidade do produto e incluem a análise de atributos físicos como cor, aspecto, viscosidade e densidade, testes químicos, como dosagens de ativos diversos e controle microbiológico.
Para avaliar possíveis interações entre a fórmula e a embalagem é importante verificar parâmetros como: perda de peso, mudanças na cor do plástico e odor, além de outros fatores relacionados à embalagem.
Com base nestes dados, é determinada uma faixa de especificação para cada característica chave do produto. Se o produto se mantiver dentro da faixa especificada dentro de um período determinado de tempo este pode ser considerado “estável”. É importante ter em mente que esta decisão é subjetiva e que ninguém está totalmente livre de riscos envolvidos na seleção da fórmula.
No próximo artigo, abordaremos como as matérias-primas podem ser selecionadas para o desenvolvimento de uma formulação destinada a atender uma necessidade específica de mercado.



Fonte:http://www.freedom.inf.br/artigos_tecnicos/default.asp

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O que é pH ?

O pH ( potencial Hidrogeniônico)  é o índice de metida usado para medir os ions,  H- ou OH+ de uma solução. Os ácidos geralmente iniciam-se com Hidogênio como: (HCl- ácido cloridrico ou muriático), quando estes, são adicionados em água, liberam o Hidrogênio na forma de H+ e as bases terminam com OH (NaOH -soda cáustica) ao ser adicionadas em água liberam OH-. O pH é medido em uma faixa de 0 a 14. Sendo que o pH 7 é neutro, (não ataca a pele e nenhuma superfície).  Veja a escala de pH abaixo.Os produtos são desenvolvidos dependendo da necessidade da superfície que vai ser limpa. Quanto mais ácidos ou mais alcalinos, mais terão  poder de atacar a pele ou superfícies e a pele. A faixa de pH é a seguinte:


ácido = 0 1 2 3 4 5 6 (Quer dizer que tem muito H-)
neutro = 7 (PRODUTO ESTÁ BALANCEADO)
álcalino = 8 9 10 11 12 13 14 O PRODUTO ESTÁ COM MUITO OH-(CÁUSTICO).

Sendo assim, produtos que terão contato com a pele devem ser neutros. Produtos para remover gordura geralmente alcalinos de acordo com a quantidade e superfície a ser limpa. Os ácidos geralmente usados para limpeza e abrilhantamento de metais e limpeza de pedras e concreto.

OBS: Não manipule ácidos ou bases sem o devido conhecimento ou acompanhamento de um profissional são produtos perigosos podendo levar a morte.




Formulações de detergente

DETERGENTE 1


ÁGUA ....................................................................................85,62
EDTA.......................................................................................0,2%
AMIDA 60.................................................................................1,5%
ÁCIDO SULFONICO 90.......................................................
5,2%
SODA LIQUIDA 50%.........................................+-1,38% PH 7,0

ESSÊNCIA (OPCIONAL).......................................................0,1%
FORMOL..................................
................................................0,1%
SULFATO DE SODIO............................................................6,0%
CORANTE (OPCIONAL)........................................................QSP


Adicione os composto na ordem descrita misture até ficar homogêneo. Após  embale.




Q.S.P, SIGNIFICA QUANTIDADE SOBRE PROPORÇÃO- É A QUANTIDADE QUE COMPLETARÁ 100% DO VOLUME


OBS: O PH É O CONTROLE MAIS IMPORTANTE DO DETERGENTE POIS SE ELE ESTIVER FORA DOS PARAMETROS, PODE ATACAR A PELE. A QUANTIDADE DE SODA ESPECIFICADA ACIMA É UM VALOR APROXIMADO QUE PODE HAVER VARIAÇÕES. VÁ CONTROLANDO O PH COM PEAGAMETRO OU TIRA DE MEDIR PH,DE ACORDO COM A QUANTIDADE DE SODA, POIS AS QUANTIDADES PARA NEUTRALIZAÇÃO ESTÃO RELACIONADAS A QUANTIDADE E CONCENTRAÇÃO DOS PRODUTOS. A FAIXA DE PH PODE SER DE 6,5 A 7,5.





sábado, 7 de maio de 2011

O que é percentagem?

percentagem ou porcentagem (do latim per centum, significando "por cento", "a cada centena") é uma medida de razão com base 100 (cem). É um modo de expressar uma proporção ou uma relação entre 2 (dois) valores (um é a parte e o outro é o inteiro) a partir de uma fração cujo denominador é 100 (cem), ou seja, é dividir um número por 100 (cem).



Significado

Dizer que algo (chamaremos de blusas) é "70%" de uma loja (lê-se: "as blusas são setenta por cento de uma loja"), significa dizer que blusas é equivalente a 70 elementos em um conjunto universode 100 elementos (representando lojas, que pode ter qualquer valor), ou seja, que a razão é a divisão:
\frac{70}{100}=0,7 para 1.
Ou seja, a 0,7ª parte de 1, onde esse 1 representando o valor inteiro da fração, no caso, "loja".
Em determinados casos, o valor máximo de uma percentagem é obrigatoriamente de 100%, tal qual ocorre na umidade relativa doar. Em outros, contudo, o valor pode ultrapassar essa marca, como quando se refere a uma fração maior que o valor (500% de x é igual a 5 vezes x).

[editar]Símbolo

Muitos acreditam que o símbolo "%" teria evoluído a partir da expressão matemática \frac x {100}.
Porém, alguns documentos altamente antigos sugerem que o %evoluiu a partir da escrita da expressão latina "per centum", sendo conhecido em seu formato atual desde meados do século XVII. Apesar do nome latino, a criação do conceito de representar valores em relação a uma centena é atribuída aos gregos.
Segundo o historiador David Eugene Smith, o símbolo seria originalmente escrito "per 100" ou "per c". Smith estudou um manuscrito anónimo de 1425, contendo um círculo por cima do "c". Com o tempo a palavra "per" acabaria por desaparecer e o "c" teria evoluído para um segundo círculo.

[editar]Ponto percentual

Ponto percentual é o nome da unidade na qual pode ser expressa o valor absoluto da diferença entre quaisquer pares de porcentagens.
Por exemplo: se uma determinada taxa de juros cair de 24% ao ano para 12% ao ano, pode-se dizer que houve redução de 50% {[(valor inicial)-(valor final)]/(valor inicial)}, mas não que houve redução de 12%. Dizer que houve uma redução de 12% implica que o valor final seja de 12% menor que o valor inicial, no nosso exemplo, a taxa final seria 21,12% ao invés de 12%.
O Ponto Percentual é uma unidade que pode expressar essa diferença, voltando ao nosso exemplo, é correto dizer que houve redução de 12 pontos percentuais na tal taxa de juros.

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